segunda-feira, abril 11, 2005

Centro de Saúde

O Jorge Sanches, no penamacor (link aqui ao lado, porque ainda não aprendi o truque) atira com o tema da abertura do Centro de Saúde de Penamacor 24 horas e questiona se terá valido a pena, e quem deve pagar o encargo (é mais ou menos isto que ele quer dizer).
Se não considerarmos a segunda questão (quem paga), e levarmos em linha de conta que estamos a falar de um serviço de saúde que possibilita à população de Penamacor (e não só) assistência médica ininterruptamente, não descortino qualquer argumento em desfavor. Toda a população mundial deveria poder usufruir de um serviço destes. Como tal não é possível, porque os americanos não concordariam, então, que se mantenha em Penamacor, onde o Bush é outro.
Quanto à questão de quem paga, aí, pia mais fino.
Eu desconfio que o então candidato e actual presidente da edilidade, quando concebeu a ideia de lançar a promessa na campanha, fê-lo com consciência clara de que se tratava de um (de outros) argumento demagógico e populista. Quem se atreveria a contestar, a criticar, a discordar de uma medida destas? Os tolos do Partido Socialista? Que se atrevessem...
Deu os seus frutos, quer dizer, os seus votitos, que isso é que interessava, de imediato, depois logo se via.
Mas desconfio também que a ideia era ( e é) passar o encargo para a Administração Central. Nem pode ser de outra maneira. Desconheço qual é o encargo anual, mas desconfio (hum! não serão desconfianças a mais?) que é para cima de muito, incomportável, a prazo, pelos cofres municipais, os quais, segundo consta, estão levezinhos (tanta virgula!ah! andei a ler o Artur Portela).
A coisa, desconfio (pronto!, já agora permito-me abusar), até era capaz de ir mais ou menos bem encaminhada: substituição do A4 que desafinava um bocado na mesa da Assembleia, por um ilustre amigo do Santana, e tal, influências, compromissos, eu dou-te uma recandidatura pelo PSD, e tu dás-me aí umas coisitas, pode ser uma ajudinha na questão do Centro de Saúde e tal...
Se assim fosse, e nada garante que tenha sido, a escrita começou a ficar borrada a partir de Dezembro pp. Ficou tudo ludro ali nos finais de Fevereiro. Agora, há-de ser preciso vender o burro a outro cigano.
Portanto, para já, aguenta-se o barco com as finanças locais. Como o ovo deve lá estar no cú da galinha, que é como quem diz, faz-se mais um mandato de certezinha, temos tempo para resolver o problema, porque é evidente que têm de ser os gajos lá das saúdes a pagar.
Em suma, Centro de Saúde 24 horas, não pares , não pares...

1 comentário:

Anónimo disse...

Verdade verdadinha, éssa é qué éssa, Mainada!