terça-feira, dezembro 04, 2012

A NOSSA FALADURA - CLXXXVIII - BABUGE(M)

Em todos os tempos houve quem vivesse à mama. Nos tempos que correm, então, é à descarada, e não é difícil encontrar quem ande sempre à babugem.
A natural tendência para a prática da 'lei do menor esforço' leva a um oportunismo desenfreado e mais ou menos a um maquiavelismo exagerado, olhando apenas para o umbigo próprio e espezinhando ou desprezando quem se oponha.
São conhecidos quantos vivem sempre à pála e, sem vergonha, aparecem depois nos MEDIA armados em consultores e pregadores de uma moral de valores, quando eles há muito que os rasgaram. São tão previdentes e tão espertos que legislam antecipadamente para si mesmos.Veja-se só quantos vivem com subsídios vitalícios chorudos, só porque andaram oito anos em algumas funções públicas...
Na sua origem a palavra ministro ,que provem do latim, significa, vejam só, servente, escravo, aquele que ajuda, e reparai  no que se transformou: aquele que manda, aquele que faz dos outros seus escravos. Afinal aquele que devia servir, serve-se. Quando deixam de exercer essas funções, já têm bem acautelado o futuro modus vivendi.: sempre à babugem.
Bem cantava a canção :CRAVO VERMELHO AO PEITO/ A TODOS FICA BEM/ SOBRETUDO DÁ JEITO/ A CERTOS FILHOS DA MÃE.
São mais que muitos os que viram  a casaca e começam a jogar noutra equipa quando pressentem que daí lhes pode vir proveito sem grande esforço. Não raro fazem gala dessa sua arte. Facto é que se safam e comem as papas na cabeça a muitos que, não tendo rasgado os valores, afinal têm muito menos valor do que os não praticam esses mesmos valores.
Coloca-se, pois, a questão do SER  e do TER. Não restam dúvidas que no mundo actual, o TER predomina claramente sobre o SER. O Substantivo, o suporte, a base, acaba por perder para o adjectivo, o acessório,o atributo. Se o significado de ministro se inverteu, o lugar dos valores também anda às avessas.
Podemos aumentar os exemplos: não restam dúvidas de que é muito mais barato um milénio de paz do que um dia de guerra. E que vemos nós? exactamente o contrário. Mais bela é a harmonia, a compreensão, o diálogo, mas temos desavenças, rixas, discussões.
Viver  à babugem é tão normal que aqueles que procuram o zeloso cumprimento do que deve ser feito de acordo com os compêndios normativos da sã convivência social acabam por ser uma avisrara, uma espécie de crocodilo na classe dos mamíferos, um nefelibato.
Um autor italiano, cujo nome não me ocorre, afirma peremptoriamente que um em cada três homens vale pouco e vive sempre à babugem. Olhai à vossa volta e vede se a terça parte dos que vos rodeiam não vive à babugem.
Embora tivesse vontade de cumprir o princípio dum amigo meu que se pauta por:«ora vamos lá a dizer mal dos outros, que eles também dizem mal de nós , quando nós não estamos», não vou trazer aqui ao basa nenhum xendro que viva à babugem. Mas que os há lá, ai isso há.
Por aqui vos deixo com um
XXXXXXXXXXXXXXIIIIIIIIIIIIIGGGGGGGGGGGGGGRANNNDDDEEEEEEEEEEEEEEE

1 comentário:

pratitamem disse...

Um Abraço Muito Grande para o Vitor, que sabe o que é a Assistência na Doença aos SERVIDORES do Estado! Que é o meu e o teu caso, com Orgulho!